29.7.05

Lucius Cornelius Sulla 138-78 A.C.

  Romano por nascimento, era filho duma família nobre arruinada, tendo conservado sempre tendências aristocráticas, embora a sua vida, entre boémios, fosse pura antítese dos pergaminhos que defendia. Corajoso mas vingativo e cruel, mereceu dos seus contemporâneos o título de «Leão-raposa», Seguira para África como questor de Marius, trazendo a Roma Jugurta como prisioneiro. Na Revolta Social, 91-88 a.C. (do nome «socii», por que eram conhecidos os italianos como aliados de Roma), cobriu-se de glória, em 88, quando os revoltosos queriam Corfínium por capital. Esta guerra terminou num compromisso: concedeu a todos os romanos o estatuto de cives romanus, cidadão romano. Em 88 a.C. Mitríades, Rei de Pontus atacou a província Romana da Ásia, massacrando 80.000 Romanos. O Senado decidiu mandar Sulla para lá, para restaurar a ordem, mas o Tribuno do povo Sulpicus Rufus pediu que o comando do exército, mandado para a região, fosse entregue a Marius. Realizou-se então um concilium plebis, e decidiu-se mandar para lá Marius. Mas Sulla, não aceitou a decisão de ânimo leve; marchou à frente de 6 legiões em Roma, e acabou por conseguir, que a decisão inicial, fosse aquela que prevalecesse, obrigando Marius a retirar-se para a Africa. As vitórias de Queroneia e Orcómeno, na Beócia, deram-lhe o domínio da Grécia, recuperando as conquistas de Mitrídates pela paz de Dárdanos. Voltando a Roma com o auxílio do jovem Pompeu, torna-se senhor absoluto, nomeando-se ditador por tempo ilimitado (segundo a Constituição Romana, o cargo de Ditador, só era exercido em tempos de crise militar, o que não era o caso, mas para Sulla, isto é apenas um pormenor); publica as sangrentas «proscrições», onde se encontravam os nomes dos seus inimigos condenados à morte (os «inimigos do Estado») e embora tenha desprezado o Senado, Sulla publica as «Leis Cornelianas» fazendo com que o Senado fosse o órgão principal, com poder de veto, restabelecendo assim o antigo prestígio, retirando o poder que os Tribunos do Povo detinham. Criou também tribunais para particulares tipos de crimes, onde os juízes tinham de ser Senadores. Invulgarmente para um tirano, retirou-se da política em 79 a.C. indo para Cumas, perto de Nápoles, passou os últimos dias a escrever as suas memórias. Morreu em 78 a.C.

Guerra social
Baixo-relevo da guerra social

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