20.9.05

O 2º Triunvirato

   


 A morte de César colocou no poder três figuras de valor: Marco António, lugar-tenente de César, Lépido, mestre de cavalaria, e Octávio, sobrinho e herdeiro de César, defendido por Cícero nos seus discursos «Filípicas». Depois de algumas lutas reconciliam-se formando o segundo triunvirato.

 A primeira decisão dos triúnviros foi perseguir os republicanos implicados no assassinato de César ou que eram suspeitos de simpatizar com os assassinos, aproveitando assim a ocasião para saldar velhas contas pessoais. Sem julgamento prévio, cerca de 130 senadores e quase 2000 funcionários foram proscritos, perdendo os seus bens e direitos. Muitos deles foram assassinados, como Cícero; outros preferiram suicidar-se.

 Ficavam por castigar os dois principais chefes da conspiração, Bruto e Cássio, governadores da Macedónia e da Síria, respectivamente, que uniram as suas tropas com o fim de resistir ao exército do triunvirato. A batalha teve lucrar a 12 de Setembro do ano 42 a.C., em Filipos, na Macedónia, onde perderam a vida Bruto, Cássio e os republicanos mais decididos. Imediatamente, os vencedores repartiram o espólio: Marco António nomeou-se governador do Oriente, Octávio ficou com o governo do Ocidente e Lépido (homem de Estado romano, colega de César no consulado. Morreu no ano 12 ou 13 a. C.) acabou por ser marginalizado, tendo-lhe sido entregue o governo da África.

 Todavia, nenhum dos três triúnviros se conformou com semelhante repartição, e todos aspiravam a um poder maior. Os partidários de Marco António intrigavam, e Sexto Pompeu dominava o Mediterrâneo ocidental à frente de uma esquadra rebelde, boicotando o comércio marítimo de Roma. Octávio entreteve-o oferecendo-lhe o governo da Córsega, Sardenha e Sicília, enquanto anulava em Itália os seguidores de Marco António. Entretanto, Agripa reuniu uma frota, marchou contra Sexto Pompeu e derrotou-o na Batalha de Naucolos que teve lugar no ano 36 a.C. Aproveitando a confusão, Lépido tentou ampliar os seus domínios africanos, apoderando-se da Sicília. Então Octávio demonstrou quem era: arrebatou-lhe todos os poderes, banindo-o definitivamente ao nomeá-lo pontífice máximo. Com apenas vinte e seis anos, Octávio tinha conseguido dominar todo o Ocidente.

Sem comentários: