4.10.05

A Guerra Civil

 Octávio, que recebera o título de princeps, era a personagem com mais prerrogativas da urbe e fomentava as intrigas contra Marco António, acusando-o de pretender impor a Roma uma monarquia oriental com capital em Alexandria. Na Primavera do ano 32 a.C., Marco António enviou uma carta ao Senado propondo-lhe restaurar a República e jubilar os que detinham o poder. Octávio reagiu afirmando que se tratava de uma manobra de Cleópatra e declarou-lhe guerra. A 2 de Setembro de 31 a.C., na antiga Grécia, perto do promontório de Áccio - consagrado a Apolo -, à entrada do Golfo de Arta as frotas de ambos defrontaram-se, onde venceram os barcos de Octávio, comandados como sempre por Agripa.

 Os derrotados refugiaram-se em Alexandria na esperança de poder combater o seu adversário mais tarde no Egipto ou na Síria. Octávio entreteve-se a subjugar os rebeldes da Grécia e da Itália e a isolar diplomaticamente Marco António. Só uma vez conseguidos estes objectivos se encaminhou para o Egipto. Ao desembarcar, foi atacado pelo inimigo, mas conseguiu cercar a cidade, cujos defensores se renderam. Marco António suicida-se em Julho e Cleópatra em Agosto, data em que Octávio se apodera do Egipto. Octávio acolheu os seus dois filhos como se fossem dele, mas mandou assassinar Cesário, pois como filho de César podia disputar-lhe a herança.

 Deste modo, Octávio apoderou-se de todos os territórios romanos, mas a sua propaganda contra Marco António estimulara os sentimentos antimonárquicos do povo. Não podia proclamar-se rei e não o fez, limitando-se a acumular poder e títulos: o ímperium, do comando militar, o princeps, como principal cidadão, e a tribuna potestas, para propor e vetar leis, passando a ser Augustus, termo derivado do vocabulário religioso; assumiu também o comando das províncias com guarnição militar, enquanto o Senado governava as restantes.

 Desde o ano 27 a.C. que a maior parte do poder político, militar e financeiro de Roma se encontrava nas suas mãos, e quando no ano 12 d.C. Lépido morreu, Augusto sucedeu-lhe como pontífice máximo; finalmente, no ano 2 a.C., o Senado nomeou-o pater patriae


Tapete dedicado à Batalha de Actium.

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