1.10.05

Marco António

 Marco António foi ao Egipto e, como antes ocorrera a César, enamorou-se da rainha Cleópatra VII, cedendo-lhe a Fenícia, Chipre e parte da Arábia e da Palestina. O casal instalou-se em Alexandria; entretanto, Fúlvia e o cônsul Lutácio, esposa e irmão de Marco António, organizavam uma nova conspiração em Roma e formavam um exército com o intuito de conquistar o poder, e assim suprimir a ditadura. Octávio fez-lhes frente, desbaratando os seus planos, e o seu general Agripa derrotou os conspiradores, que se tinham refugiado em Perúsia.

 Cleópatra, decidida a aproveitar a incipiente guerra civil, impeliu Marco António a embarcar com as suas tropas para Brindisi, mas, uma vez lá chegados, os soldados romanos de ambas as facções negaram-se a combater. A Paz de Brindisi reconciliou-os, casando António com Octávia, irmã de Octávio. Pouco depois, Marco António voltou as suas energias para um objectivo que parecia mais fácil e marchou até à Pérsia, onde Labieno, filho de um general romano que traíra César, organizara as forças dos Partos. A campanha resultou inglória para os Romanos, que perseguiram inutilmente os Partos ao longo de 500 km e sofreram numerosas baixas sem beneficio algum. Apesar de tudo, de regresso a Alexandria, Marco António fez-se receber triunfalmente, casou com Cleópatra —de quem já tinha dois filhos e nomeou Cesário, o filho que ela tinha de César, herdeiro do Egipto e de Chipre.

 Marco António tinha sido lugar-tenente de Júlio César, e, se de início se opôs a Octávio, acabou por ceder, integrando-se no triunvirato que durante breves anos governou Roma. Mas a ambição de ambos os dirigentes colocava-os em oposição permanente, e os seus exércitos acabaram por se defrontar no ano 31 a.C., na Batalha de Actium. Marco António foi derrotado e acabou por se suicidar.

1 comentário:

Mano Filho disse...

Parabéns, Marius70!
O seu blog está muito bem elaborado e é muito instrutivo.
Gostei mesmo.