13.10.05

O Exército de Augusto

 Naqueles tempos, Roma era um Estado militar governado pela classe senatorial, que já não era representativa. Octávio (que agora já recebia o nome de Octávio Augusto ou simplesmente Augusto) depressa compreendeu que quem controlava o exército dominava Roma a todos os seus domínios; deste modo, adoptou o título de imperator, que se referia apenas ao comando militar, mas que o impunha como uma figura carismática perante os soldados.

 Em consequência das guerras civis, o exército romano cresceu até contar com cerca de 500.000 homens, mas só 230.000 se encontravam sob as ordens de Augusto à data dos combates de Actium. Após esta batalha, decidiu dotar-se de um exército mais reduzido e barato mas que lhe fosse leal; para o conseguir, desmobilizou cerca de cinquenta legiões e recrutou novos legionários. O novo exército compôs-se de vinte e oito legiões, além das coortes pretorianas e urbanas; no total, somavam uns 125.000 homens.

 Desde então, as legiões do império foram preferentemente tropas de fronteira, estacionadas no Baixo Reno, frente à Germânia, no Alto Danúbio e na Síria, dispondo de pequenas guarnições na Hispânia, África e Egipto. Augusto manteve tanto quanto possível a procedência italiana dos legionários, mas no Oriente os soldados tiveram de ser recrutados entre os cidadãos locais. A extensão da cidadania aos provinciais conduziu grandes efectivos às fileiras imperiais, e numerosos cidadãos converteram-se então em soldados profissionais espalhados por todos os territórios do império.



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