18.12.05

Vergílio

 Publius Vergilius Maro nasceu em 70 a. C., em Andes, perto de Mântua, de família modesta (o pai era lavrador) mas que lhe proporcionou uma boa instrução. Estudou inicialmente em Cremona e depois em Nápoles e Milão, onde terá composto os pequenos poemas, como Culex e Copa, que lhe são atribuídos. Apresentado ao governador da Gália Cisalpina, Polião, compôs as Bucólicas (41-39 a. C.). Através de Mecenas conheceu Horácio. Aconselhado por Mecenas, e para servir os projectos de Augusto, que desejava fazer renascer na Itália a agricultura e os velhos costumes, produziu as Geórgicas. Tanto nas Bucólicas como nas Geórgicas, Vergílio lembra-se com doçura da sua terra natal, levando-o a cantar as belezas da vida campestre.

 Na sua grande obra épica, Eneida, obra que celebra a grandeza de Augusto atribuindo-lhe ascendência divina, cuja prestigiosa figura se fazia derivar a estirpe latina, ordenava: «Não se esqueçam, Romanos, de governar as nações». Governar o mundo não era apenas um privilégio de Roma, era sobretudo um dever. O seu exilado herói troiano, o pius (piedoso ou respeitador) Eneias, pode mesmo ter sido um idealizado ícone do próprio Augusto, como ele desejava ser visto: discretamente corajoso, amável e sensível, mas simples e modesto nos seus gestos; o chefe consciencioso cuja vida era humildemente dedicada ao seu povo. Para acabar este poema quis conhecer a Grécia. Morreu em Brindes (19 a. C.) no retorno dessa viagem. Tinha 51 anos.



 A Eneida, inacabada, foi publicada pelos seus amigos que, felizmente, não a destruíram como era sua vontade.

 Vergílio, cisalpino e quase celta é, incontestavelmente, o poeta mais perfeito da literatura romana. A sua doçura e a sua melancolia sonhadora são quase excepção na história do espírito latino.

8.12.05

Século de Augusto - (43 a.C. – 14 d.C.)

A paz Octaviana e a protecção admirável às artes e às letras fizeram surgir uma plêiade admirável de artistas que engrandeceram o Século de Augusto.

 Mereceu o primeiro "imperador" romano baptizar o seu século, pelo admirável desenvolvimento artístico que empreendeu em todo o império e principalmente em Roma, atingindo a civilização latina o seu período áureo.

 Agripa continuou as grandes obras de utilidade pública, cobrindo a cidade de Roma de tal esplendor que seduziu os espíritos ávidos de cultura, tornando-se a capital intelectual do mundo antigo. Mecenas grande cooperador de Augusto e, amigo íntimo de Vergílio, mereceu o cognome de «Pai dos artistas» pelo carinho incansável com que os patrocinou.

Poesia Épica


  Lucrécio – escreveu o admirável poema «Natureza» onde defendia as ideias materialistas de Epicuro, filósofo grego, atacando as crenças religiosas.

  Vergílio– Nasceu perto de Mântua; cantou a sua epopeia «Eneida» o herói da guerra de Tróia e do povo romano, glorificando deste modo Augusto. A doçura da sua terra natal levou-o a cantar nas suas «Bucólicas» e «Geórgicas» as belezas da vida campestre.

Poesia Lírica



 Cátulo – Exprimiu o seu sentimento poético em agradáveis elegias.




 Horácio – É neste género a glória da cultura latina clássica. Cantou a sua alegria de viver nas suas «Odes», e retrata os seus contemporâneos nas «Sátiras».


 Ovídio – Desterrado da corte de Augusto, ignorando-se o motivo, escreveu, antes do exílio: «Amores» e Metamorfoses»; durante o exílio: «Tristia» e «Pônticas», na cidade Tomi, perto do Mar Negro.

História

 Salústio – Nasceu em 86 a. C., na Sabínia, de família plebeia, mas rica. Expulso do Senado em 50 a. C. pelos seus maus costumes, colocou-se ao lado de César quando este transpôs o Rubicão (49 a.C.). Foi um crítico severo contra a avareza patrícia. Escreveu: «Da Conjuração de Catilina» e «Da Guerra de Jugarta». Perderam-se as suas «Histórias» sobre os acontecimentos romanos. Morreu em 34 a.C.




 Júlio César
– Hábil político e admirável general, descreveu-nos as suas campanhas da Gália no seu livro: «Comentários da guerra gaulesa»; no outro seu livro «Comentários da guerra civil» narra-nos as suas lutas com Pompeu.




 Tito Lívio– Tito Lívio nasceu em 59 a.C. em Pádua e morreu em 16 d.C. na mesma cidade. Era de família patrícia e foi amigo de Augusto e preceptor de Cláudio. Foi enorme a sua reputação como escritor.
A sua História Romana desde a fundação compunha-se de 142 livros dos quais nos chegaram apenas os livros I-IX e XXI-XLV mais alguns fragmentos tendo trabalhado nela 21 anos. Descreve-nos, com independência crítica, as vicissitudes da história romana, desde Rómulo até à morte de Druso irmão de Tibério.

Geografia



 Agripa
– Cultor entusiasta, fez a carta do império romano.


Artes

 Agripa e Augusto – Ao restaurar os antigos templos de Roma, Augusto, voltou a desenvolver o Fórum, criou novos anfiteatros, pórticos, palácios e santuários. O Panteão e o Altar da Paz são obras de admirável valor artístico. «Roma era uma cidade de tijolos, transformei-a numa cidade de mármore» disse Augusto.




O templo de Marte Ultor «Marte o vingador» foi mandado construir em cumprimento a uma promessa de Augusto, por ter perseguido os assassinos do seu tio Júlio César.