20.8.19

Diocleciano


Diocletianus
(Caio Aurélio Valério Diocleciano Augusto)
Imperador – 284 d.C.-305 d.C.

Diocleciano



Imperador romano, de seu nome completo Caio Aurélio Valério Diocleciano, nasceu em Dioclea em 245.

O seu governo de 21 anos caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num carácter e numa personalidade carismáticas.

Baseou a sua acção na premissa de dividir para governar. Neste sentido, entregou o governo da parte ocidental do Império ao seu camarada de armas Maximiano, sediado em Milão, delegando em si próprio a gestão da parte oriental, fazendo, tal como Augusto, uma administração pessoal a partir de Nicomedia, no Mar de Mármara. Em 293 cada um deles escolheu um sucessor: Diocleciano apontou Galério e Maximiano, Constâncio Cloro. Desta forma formou-se um governo repartido a quatro, conhecido como a "tetraquia".

No campo militar desenvolveu campanhas contra os Persas, assegurando uma paz de quase quarenta anos, estabilizando o domínio romano na Mesopotâmia e zona do Cáucaso.

Dividiu as províncias em unidades administrativas mais pequenas, de forma a aumentar a precisão do controlo, a limitar as rebeliões militares e consequentes candidatos ao trono, facilitando de igual modo a implementação de medidas económicas mais rígidas. Diocleciano desenvolveu uma estratégia que visava minimizar o descalabro económico provocado pelos seus predecessores, mas tal não foi objectivamente conseguido. Fica como referência governativa o esforço que empreendeu para separar a função pública da militar e a tentativa de minimizar as diferenças entre a Itália e a província.

Em 304 Diocleciano teve um colapso, vendo-se obrigado a abdicar no ano seguinte, retirando do poder o co-imperador Augusto Maximiano. Morre em 313.


20.11.18

Claudio II - Gótico


Cláudius II Gothicus
(Marcus Aurelius Valerius Claudius)
Imperador – 268 d.C.-270 d.C.

Cláudio Gótico



De verdadeiro nome Marcus Aurelius Valerius Claudius, Claudio nasceu em 10 de Maio de 214 na província do Illyricum. Foi tribuno militar de Decius e Valeriano e este último promoveu-o a comandante do exército daquela província.

Claudio foi uma das figuras fundamentais para o assassinato do tão odiado Gallienus tal como Aureliano e juntamente com este subiu ao trono porque supostamente Gallienus o indicara enquanto morria...

O novo imperador era misericordioso e de feitio calmo (bem ao contrário de Aureliano), o que fez dele bastante querido por entre o exército ainda mais porque uma das suas primeiras medidas foi pagar um bónus ao exército... Seja como for o seu trabalho era para homens de «barba rija» e não «copinhos de leite». Com efeito os alemanos atravessaram o Danúbio e os Alpes e assim Claudio encontrou-se com os bárbaros na Batalha do Lago Benacus em 268, causando uma derrota tão esmagadora por entre as hostes Germanas que apenas metade dos bárbaros conseguiu fugir.

Havia mais uma questão a tratar: o afamado «Império Gálico» (também ele já aqui falado), era uma autêntica vergonha para uma Roma novamente poderosa, uma pedra no sapato. Claudio mandou o seu General Julius Placidianus trazer essa importante província novamente para o controlo de Roma, o que finalmente fez com que os Gauleses capitulassem.

As vitórias entretanto continuaram com o fim da ameaça Goda nos Balcãs, a Batalha de Marcianopólis, as constantes derrotas da frota Herúla infligidas pela Romana de Tenagino Probus (Governador do Egipto)... Tudo isso fez com que adoptasse o cognome de «Gótico». Os ventos da guerra contra os bárbaros estavam finalmente a mudar a favor de Roma, mas apesar destas vitórias os Romanos perdiam outras batalhas contra Zenobia, rainha de Palmyra que declarara guerra ao Império em 269, e conseguira conquistar vastos territórios desde o Egipto à Turquia. Mas a prioridade eram os bárbaros do Norte e por isso Claudio II partiu para fazer guerra aos Jutos e aos Vândalos que ameaçavam a Raetia e a Pannonia respectivamente. Morreu de praga em Janeiro de 270. A sua morte foi chorada verdadeiramente em Roma.

Sucedeu-lhe Aureliano e como coimperador, Quintilo


18.11.15

Gallienus

PUBLIUS GALLIENUS
(Pvblivs Licinivs Egnativs Gallienvs)
Imperador – 253 a 268 d.C.

Galiano



Pensa-se que Gallienus terá nascido em 213. Em 253 o seu pai, Valeriano é aclamado Imperador pelas suas tropas em Raetia e imediatamente Gallienus é feito César. Um mês mais tarde, quando pai e filho já se encontravam em Roma, recebe no entanto o título de Augusto.

Ao contrário de muitos imperadores da época, Gallienus não era apenas um general; era inteligente, sofisticado e havia sido educado nos valores gregos, o que fez dele pouco popular entre os generais do Danúbio, que ele é incumbido de proteger em 254. Esta campanha durou 2 anos e provou as capacidades militares de Gallienus ao parar o avanço dos Germanos. Em 256 vai para o Reno, para lutar com os bárbaros numa campanha que durou 2 anos. Regressou de novo ao Danubio em 258, quando no ano seguinte recebe a notícia de que Jutos e Alemanos haviam atravessado o Reno e dirigiam-se para a Itália, onde um exército foi formado para os deter. Confrontados com resistência dos bárbaros regressam para o Norte, apenas para enfrentarem o exército de Gallienus, que os derrotou em Mediolanum (Milão) e na Primavera de 260 em Augsburgo, sendo os cativos romanos libertados e os bárbaros feitos prisioneiros. Uma grande vitória Romana, e que pusera os bárbaros ''em linha''.

No Outono de 260 chegaram novamente más noticias a Gallienus: o seu pai que lutava contra os Persas fora feito prisioneiro, e iria assim morrer em cativeiro. Se Gallienus já era impopular, esta notícia provocava agora rebeliões um pouco por todo o Império, com o Imperador a ir de um lado para o outro a esmagá-las. Postumus aproveita este momento de fraqueza para se proclamar ''Imperador da Gália'' em 261, um curto espaço de tempo da História Romana em que a Gália se separou de Roma (261-274). Os Godos entretanto invadem o Império em 268 pondo em risco, o reinado de Gallienus. Atenas é saqueada mas apesar de tudo o exército principal é derrotado em Naissus, com 50.000 bárbaros jazendo no solo. Gallienus não viria no entanto a poder gozar este momento de glória por muito tempo, pois em Setembro desse mesmo ano é assassinado pela elite militar do Danubio que nunca havia gostado dele.

Sucede-lhe Claudio II Gótico.


10.7.15

Marcus Aemilianus

MARCUS AEMILIANOS
(Marcvs Aemilivs Aemilianvs)
Imperador – Agosto de 253 a Outubro de 253 d.C.

Emiliano



Marco Emílio Emiliano, foi imperador romano por um breve período em 253. Originário da África (nasceu em Gerba-Tunísia), era governador da Mésia quando os godos chefiados pelo rei Cniva invadiram esta província devido à recusa de Emiliano em pagar os tributos que o imperador Treboniano Galo lhes prometera. Emiliano derrotou os godos e partiu para a contra-ofensiva, atravessando o Danúbio e invadindo o território inimigo num ataque-relâmpago.

Esta vitória inesperada restaurou o ânimo e a confiança das tropas, desmoralizadas após desastres sucessivos, e cheias de si resolvem proclamar seu comandante como imperador. Emiliano invade a Itália a fim de combater Treboniano Galo, mas este e seu filho Volusiano são assassinados por seus próprios soldados, temerosos das forças adversárias, antes da batalha decisiva.

Entrementes, Valeriano, governador das províncias do Reno superior, parte para a Itália com um poderoso exército a fim de prestar socorro a Treboniano, e com a notícia da morte deste, seus soldados o proclamam imperador. Cientes da superioridade das forças de Valeriano, os soldados de Emiliano resolvem assassiná-lo, num estranho paralelo com o destino de seu antecessor.

A administração conturbada do imperador Aemilian foi resumida por Eutrópio:

"Aemilianus veio de uma família extremamente insignificante, seu reinado foi ainda mais insignificante, e ele foi morto no terceiro mês."


12.6.15

Treboniano Galo

TREBONIANUS GALLUS
(Gaius Vibius Afinius Trebonianus Gallus)
Imperador - 251 a 253 d.C.

Treboniano Galo



Caio Vibius Treboniano Galo nasceu por volta do ano 206 dC, em Perugia (Itália). Casou-se com Afinia Gemina Baebiana e teve dois filhos, Caio Vibius Volusianus e uma filha Vibia Galla
Cônsul em 245 AD foi mais tarde nomeado governador do Alto e Baixo Moesia. Com as invasões góticas de 250 dC, Gallus tornou-se uma figura importante nas guerras góticas do imperador Décio.

Muitos culparam Gallus para a eventual derrota de Décio, alegando que ele havia traído o imperador trabalhando secretamente com os godos para ver Decius morto. Mas há pouco se pode ver hoje o que justificaria tais alegações.

Após a batalha desastrosa de Abrittus, Treboniano Galo foi proclamado imperador pelos seus soldados.

Seu primeiro ato como imperador, sem dúvida, ansioso para chegar a Roma e garantir o seu trono, foi fez uma paz muito cara com os godos. Os bárbaros não só foram autorizados a voltar para casa com todo o seu despojo, assim como com seus prisioneiros romanos. Gallus até concordou em pagar-lhes um subsídio anual para eles não atacarem novamente.

Após a morte de Hostilianus (filho de Décio), Volusianus foi elevado a co-Augustus.

O reinado de Gallus sofreu uma série de desastres, a pior foi a peste que devastou o império por mais de uma década. Uma das primeiras vítimas da doença tinha sido o jovem Hostilianus. A peste empobreceu a população e criou problemas no exército, justamente quando graves ameaças surgiram nas fronteiras. Gallus pouco podia fazer quando os persas, sob Sapor I (Shapur I), invadiram a Arménia, Mesopotâmia e Síria (dC 252) e os godos aterroziram as províncias do Danúbio e até mesmo invadir e devastar a costa norte da Ásia Menor (Turquia).

Gallus, ansiosos para encontrar um meio pelo qual a desviar a atenção destes perigos graves para o império, reviveu a perseguição dos cristãos. Papa Cornelius foi preso e morreu em cativeiro. Foram tomadas outras medidas, a fim de ganhar o favor do povo. Criou um esquema pelo qual até mesmo os muito pobres tinham direito a um enterro decente.

Mas, nesses tempos conturbados, era apenas uma questão de tempo para surgirem ameaças à tomada do poder. Em 253 d.C. Marco Emílio Aemilianus, governador da Baixa Moesia, lançou um ataque bem sucedido sobre os godos. Os seus soldados, vendo nele um homem que finalmente poderia alcançar a vitória sobre os bárbaros, elegeu-o imperador. Aemilian imediatamente marchou para o sul com seus exércitos e atravessaram as montanhas para a Itália.

Gallus e Volusianus foram tomadas de surpresa. Reuniram as poucas tropas que puderam, chamando Publius Licinius Valeriano no Reno para vir em seu auxílio com as legiões, e foram para o norte em direção a Emiliano que se aproximava.

Os dois exércitos se encontraram na Interamna Nahars (moderno Terni), no sul fim do ramo oriental da Flaminia, e Aemilian ganhou a batalha; Gallus e Volusianus fugiram para o norte com alguns seguidores, provavelmente como uma tática de atraso antes da chegada de reforços, mas pelo Fórum Flaminii (moderno San Giovanni Profiamma ), sobre o ramo ocidental da Flaminia, foram mortos por alguns de seus próprios guardas, que pensava que a sua traição poderia dar-lhes uma recompensa.