Era uma lança arrojadiça com ponta de ferro e cabo de madeira.

De origem hispânica, o gládio (em latim gladius) ou espada curta não era mais que uma espada melhorada da espada dos Celtas, aquando da conquista da Hispânia. Era uma espada de dois gumes, com empunhadura de madeira ou osso talhado, para permitir uma sujeição mais firme. Embainhava-se numa capa de madeira que podia estar sumptuosamente decorada.Durante centenas de anos foi a espada do exército Romano, e espalhou o terror pelos campos de batalha desde a Gália à Arábia. Com esta espada terminou a discussão em Roma, qual deveria ser a sua função (de arremesso ou de cortar). Ganhou o partido que defendia que a espada servia para arremessar, e assim o gládio foi adoptado para espada do exército. Nas batalhas com os povos nórdicos, estes usavam enormes espadas, muito belas, mas no campo de batalha eram pouco práticas contra a leve e funcional gládio. Com a decadência do Império Romano, o gládio deixou de ser usada, e foi substituída por espadas maiores, a espada pompeiana. Enquanto o gládio servia para desferir estocadas de perto a pompeiana, era mais uma arma para cortar. Segundo Lívio, o ataque de um legionário com este tipo de arma deixava «braços arrancados, incluindo os ombros, cabeças separadas dos corpos, com os pescoços completamente cortados, e estômagos rasgados.
A razão para o fim do gládio deveu-se à própria natureza das batalhas deste período, em que deixara de existir a Infantaria, (ou era muito diminuta), para ser substituída pela Cavalaria. Para os cavaleiros eram necessárias grandes espadas, para poder atingir o inimigo à maxima distância possível. Seja como for enquanto serviu o Império Romano, o gládio demonstrou ser uma espada fiável.

Escudo de madeira forrado a couro com reforços metálicos.


O Galeus
A lealdade das tropas romanas aos seus estandartes, em que estava a águia e as letras SPQR (Senatus Populesque Romanus - Senado e Povo de Roma), era inspirada pela influência conjunta da religião e da honra. A águia que rebrilhava à frente da legião tornava-se objecto da sua mais profunda devoção; era considerado tão ímpio quão ignominioso o abandono dessa insígnia sagrada numa hora de perigo.
A mais importante inovação de Augusto consistiu em reorganizar as tropas auxiliares ou auxilia, que até então haviam sido forças irregulares formadas por meros mercenários, recrutados antes de uma campanha, comandadas por chefes locais e armadas segundo as circunstâncias. Com elas criou um segundo exército, cujos efectivos eram equivalentes aos das legiões, recrutados entre os provinciais não-cidadãos, mas que contavam com o estatuto de peregrini.

Amigo e colaborador de Octávio Augusto, Marco Vipsânio Agripa nasceu no ano 63 a.C. Desde que teve notícia do assassinato de Júlio César pôs-se ao lado de Octávio, de quem foi o general mais importante. Responsável pelas vitórias de Filipos, de Naucolos contra Sexto Pompeu no ano 36. a.C. e a Batalha de Actium contra Marco António em 31 a.C., bem como da reorganização do exército romano. 



Marco António tinha sido lugar-tenente de Júlio César, e, se de início se opôs a Octávio, acabou por ceder, integrando-se no triunvirato que durante breves anos governou Roma. Mas a ambição de ambos os dirigentes colocava-os em oposição permanente, e os seus exércitos acabaram por se defrontar no ano 31 a.C., na Batalha de Actium. Marco António foi derrotado e acabou por se suicidar.