9.5.06

Claudius I

CLAUDIUS I
(Tiberivs Clavdivs Drvsvs Germanicvs)
Imperador – 41 a 54 d.C.

Cláudio


  Foi o primeiro imperador (10 a.C.-54 d.C.) de 41 a 54 d.C. nomeado pelos pretorianos, quando o Senado pensava no estabelecimento da República.

 Tiberius Claudius Caesar Augustus Germanicus nasceu em Lugdunum (Lyon), e morreu em Roma. Filho de Nero Claudius Drusus e Antonia, era irmão mais jovem de Germanicus sucessor natural do trono, morto em circunstâncias estranhas (Voltando de Antioquia, Germanicus foi acometido de uma doença que se tornou fatal. O governador da Síria, Calpurnius Piso, que não mantinha boas relações com Germanicus, foi acusado de envenená-lo ou amaldiçoá-lo).

  Cláudio, era coxo e gago, durante a infância fora assolada por diversas doenças, que lhe enfraqueceram o corpo e lhe retardou a mente, considerado um tolo pela própria mãe - (Cláudio confessou que fingiu-se passar por retardado para passar despercebido a seu sobrinho, Calígula, sobrevivendo assim ao seu reinado de terror). No entanto, o soberano recomendava que lhe prestassem as homenagens devidas por ele pertencer à família Julia, descendente directo de César, e também para que não se rissem dele, devido ao seu aspecto de retardado e enfermo. A sua débil vontade foi moldada pelos seus libertos Palas e Narciso e pelas mulheres, tornando-se ridículo pelas suas maneiras esquisitas de tímido e covarde, como nos foi legado pelos historiadores Tacitus, Suetonius e Dion Cassius.

  Cláudio dedicou-se à literatura, escrevendo, além de uma história de Roma não terminada, 28 livros de história Etrusca e cartaginesa, uma autobiografia e um projecto de reforma ortográfica.
  O seu reinado foi marcado pela centralização do poder e pela conquista. Em 42 anexou a Mauritânia, no norte da África, e no ano de 53, a ilha da Bretanha. Anexou a seguir a Lícia, a Judeia e a Trácia e empreendeu a romanização das novas províncias. Fundou a «Colónia agripina» (hoje Colónia) nas fronteiras do Reno. Ordenou a execução de importantes obras públicas: solucionou os problemas de abastecimento de Roma, mediante a construção de novos aquedutos e de um porto em Óstia; aterrou o lago Fucino e melhorou as estradas.

  Como o povo queria «panem et circenses» (pão e circo), Cláudio organizou jogos e divertimentos restaurando antigos teatros, e reproduziu uma batalha naval entre as esquadras da Sicília e de Rodes, com 12 naus cada uma.

  Cláudio, tinha, como passatempo predilecto, ver criminosos serem torturados até à morte. Mandou assassinar a sua terceira mulher, Messalina e a 300 amigos desta, entre eles o famoso actor Mnester, e acabou por ser ele próprio vítima de assassinato (envenenado com cogumelos estragados) pela sua quarta esposa, Agripina II a Jovem, bisneta de Augusto, depois de haver adoptado o filho desta, Lucius Domitius (Nero) como seu sucessor.

À semelhança dos seus antecessores Claudius foi deificado após a morte, observando Nero, sarcasticamente, que os cogumelos eram o «alimento dos deuses».

  Foi com Cláudio, que a célebre frase dos gladiadores apareceu:

Ave Cesar. Nós que vamos morrer te saudamos.




Sucedeu-lhe Nero.

2 comentários:

Anónimo disse...

Será que é preciso um nero em certos meios de Portugal, que faça um grande incendio para limpar as impurezas dado o podre purifcante do fogo e que desse mesmo fogo rnasça algo de mais limpo ? Passa no meu blog e ja entendes a minha ideia. Enviado por tron em maio 11, 2006 10:40 PM

Há, de facto, pequenas discrepâncias entre os nossos dois artigos. Mas parece-me de facto mais verosímil que Cláudio não fosse de todo tolo ou com algum atraso mental: as suas proezas intelectuais (incluindo o facto de ter sido a última pessoa de que se tem registo de que falasse Etrusco) bem o comprovam. O relacionamento do sobrinho Calígula com o tio Cláudio é também relatado de forma diferente pelas nossas diferentes fontes. No entanto, compete-me esclarecer que não sou autoridade nem período específico da História e os historiadores romanos que referes são bastantes credíveis. Mas, já se sabe, a História é a descrição de opiniões sobre os factos ocorridos, mais do que o relato fidedigno dos mesmos. A interpretação das minhas fontes é a que referi no meu artigo. Entre as minhas e as tuas estará provavelmente a verdade (se tal conceito existir em termos absolutos). Em parte a razão para o artigo que publiquei foi mostrar como se deve ter cuidado no julgamento de alguém baseando-nos apenas no seu aspecto e, nessa medida, as minhas fontes fazem-no magistralmente (fico curioso é de saber de que forma atingiria os meus objectivos caso as minhas fontes tivessem sido as tuas. Mas penso que um descrição dos feitos intelectuais de Cláudio, as letras que criou, a Língua que também falou, as palavras hodiernas a que deu origem seriam bastantes para o fazer e estes facto penso serem comuns a ambas as nossas fontes). Um abraço e um Ave Marius. Enviado por Mauro em maio 13, 2006 07:44 PM

Boas, Peço desculpa pelo offtopic, aproveitava para perguntar aonde posso obter mais informações sobre Sertório, especialmente sobre a batalha travada por ele em Lancobriga (a actual cidade de Fiães) Já agora parabens pelo blog está excelente. Vitor Couto Enviado por Vitor Couto em maio 17, 2006 09:14 AM

Bom dia Vitor Obrigado pelo seu comentário. Pesquisei e por certo que este texto lhe dará algumas indicações sobre o que pretende. Está em espanhol mas entende-se perfeitamente. http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=314 Segundo os estudos efectuados, Lacobriga poderá ter sido a actual cidade de Lagos e não Fiães como refere. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lacobriga Um abraço. Enviado por marius70 em maio 17, 2006 11:26 AM

Boas, Muito obrigado Em relação as minhas duvidas eu encontro Lancobriga associada a Fiães http://pt.wikipedia.org/wiki/Fi%C3%A3es_(Santa_Maria_da_Feira) E Lacobriga associada a Lagos, serão a mesma coisa? A verdade é que o castro de Fiães foi apontado como possivel localização de Lancobriga, contudo o estudo do castro de fiães foi abandonado por completo. O meu objectivo é criar uma página sobre o castro de Fiães, com a inf possivel, seja ele a Lancobriga ou não, gostaria até de elaborar uma pequena maquete de como seria o castro. Por isso se poder-me indicar sites sobre este assunto agradecia, já que sou apenas um leigo entusiastico pela história. Um abraço Vitor Couto Enviado por Vitor em maio 17, 2006 03:26 PM

Dei um salto ao mundo romano para te desejar uma boa semana e deixar um beijinho Enviado por bitu em maio 21, 2006 11:53 PM

O video que mandaste me tocou demais e deixo uma sugestão que não sei se te vai ofender mas é so uma sugestão. Vídeos como esses merecem serem divulgados porque a publicidade não é só para vender lixo mas também podem ser sevriço público e envia para o cocnuurso de webvideos do programa do Herman José na sic HermanSic o mail é muitagiras@mail.sapo.pt ou muitasgiras@mail.sapo.pt (não sei qual dois é o certo) mas de tocante que é deve ser o vencedor e divulgado no programa. Mas se te sentires ofendeido ou magoado com a sugestão te peço desculpa Enviado por tron2@sapo.pt em maio 25, 2006 11:16 AM

Sou brasileiro,meu e mail?msn é anjobarroco74@hotmail.com e estava lendo aqui sobre o imperador romano cláudius.Após ler o livro eu,cláudius imperador me apaixonei pela sua história e gostaria de trocar idéias sobre esse livro e o grande imperio romano,saudações Enviado por Paulus em março 10, 2007 07:44 AM

Beto Queiroz disse...

Grande alegria encontrar seu blog.
Nós, leitores do poeta-historiador inglês Robert Graves, apreciamos seu trabalho.
Abraço da amizade luso-brasileira!
Beto