Se em Torre da Palma, Marius para além das informações sobre as ruínas do amigo João Casqueira, as teve também do Sr. Francisco (?), guia do local, em Ammaia foi este meu amigo, conhecido através da net, que me prestou todas as informações sobre esta antiga cidade. Para ti João e esposa, aquele abraço!
Marius já ouvira falar de Ammaia há muitos anos atrás. Não sendo historiador Marius (nick escolhido pelo facto de se chamar Mário e não por ser um estudioso da cultura romana) “vestiu” a pele romana e é vê-lo por esse Portugal sempre à procura das ruínas de um povo que não aguentou tão vasto Império e, como todos os Impérios, acabou um dia. Mas o legado ficou e mais uma vez Ammaia o comprova.
Ammaia, situada na aldeia de São Salvador da Aramenha - Marvão, foi uma cidade importante no passado. Em 1995 começaram as intervenções arqueológicas. Pensa-se que esta cidade tem de área urbana mais de vinte hectares (1 km2 = 100 hectares).
O amigo João chama-me a atenção para o desgaste da pedra à entrada da cidade pelo rodado das carroças, o que significa que Ammaia era um centro populacional muito concorrido.
A malha urbana era rodeada de uma muralha, hoje restam pequenas amostras dessa imponência que, outrora, envolveu a cidade.
Os vestígios arqueológicos estão situados na Quinta do Deão e na Tapada da Aramenha. No entanto muito há que escavar pois devido a um cataclismo nos séculos V e IX, a parte baixa da cidade foi soterrada e, como Pompeia e Herculano, ficou conservada pois à sua superfície não se desenvolveram outras urbanizações. Devido a isso, Ammaia foi abandonada e da cidade próspera hoje só restam as ruínas.
Foram descobertas referências à época em que foi fundada a cidade. Não eram propriamente romanos os seus fundadores mas sim lusitanos romanizados pertencendo à tribo Quirina. No entanto a romanização faz-se através do Imperador Cláudio elevando a cidade por volta do ano 44/45 d.C. à categoria de Civitas. Depois passa a Municipium ainda durante o séc. I d.C., mas sem grandes alterações na administração já que a designação é mais honorífica que outra coisa.
Como qualquer cidade romana, não podia faltar o “podium” de um Templo no Fórum, as termas públicas com tepidarium (tanque de água tépida) frigidarium (tanque de água fria) e estruturas domiciliares.
Depois do abandono é o que se vê. Tudo o que se encontrava à superfície e era para levar foi levado. No Castelo de Marvão, de Castelo de Vide (tinha um arco - Arco da Aramenha, que unia as duas torres de uma das entradas de Ammaia, em 1710 este arco foi destruido. Assim se trata o património cultural neste país) e até numa vivenda junto à estrada Marius viu pórticos, colunatos e afins retirados de Ammaia. Na vivenda, o pedestal estava colocado por cima da entrada do portão, pintado, imagina-se, de branco. Fica lindo ali uma recordação de um povo que aqui esteve pintadinho de branco. Só visto!... Valham-me os deuses romanos!
E, como não bastasse, a construção da E. N. n.º 359 dividiu a área em duas partes. Com as obras, uma natatium (piscina) que fazia parte do edifício termal foi danificada. Valeu-me a ajuda do João conhecedor destas andanças para continuar a visita para além da estrada.
Muito há ainda para pôr a descoberto. O Museu está bem documentado, só que falta colocar à entrada do portão exterior uma placa com as horas e dias de visita. É que este encontrava-se fechado sem nenhuma indicação e se não fosse o facto de termos visto alguns visitantes no interior, não sabíamos que podíamos visitar Ammaia naquele dia. É que no dia anterior já lá tínhamos estado e ido embora pois não se via vivalma nem qualquer indicação de que bastava empurrar o portão para ter acesso à entrada destas ruínas.
Fotografia: Marius70 Fonte consultada: Fundação Cidade de Ammaia
Marius já ouvira falar de Ammaia há muitos anos atrás. Não sendo historiador Marius (nick escolhido pelo facto de se chamar Mário e não por ser um estudioso da cultura romana) “vestiu” a pele romana e é vê-lo por esse Portugal sempre à procura das ruínas de um povo que não aguentou tão vasto Império e, como todos os Impérios, acabou um dia. Mas o legado ficou e mais uma vez Ammaia o comprova.
Ammaia, situada na aldeia de São Salvador da Aramenha - Marvão, foi uma cidade importante no passado. Em 1995 começaram as intervenções arqueológicas. Pensa-se que esta cidade tem de área urbana mais de vinte hectares (1 km2 = 100 hectares).
O amigo João chama-me a atenção para o desgaste da pedra à entrada da cidade pelo rodado das carroças, o que significa que Ammaia era um centro populacional muito concorrido.
A malha urbana era rodeada de uma muralha, hoje restam pequenas amostras dessa imponência que, outrora, envolveu a cidade.
Os vestígios arqueológicos estão situados na Quinta do Deão e na Tapada da Aramenha. No entanto muito há que escavar pois devido a um cataclismo nos séculos V e IX, a parte baixa da cidade foi soterrada e, como Pompeia e Herculano, ficou conservada pois à sua superfície não se desenvolveram outras urbanizações. Devido a isso, Ammaia foi abandonada e da cidade próspera hoje só restam as ruínas.
Foram descobertas referências à época em que foi fundada a cidade. Não eram propriamente romanos os seus fundadores mas sim lusitanos romanizados pertencendo à tribo Quirina. No entanto a romanização faz-se através do Imperador Cláudio elevando a cidade por volta do ano 44/45 d.C. à categoria de Civitas. Depois passa a Municipium ainda durante o séc. I d.C., mas sem grandes alterações na administração já que a designação é mais honorífica que outra coisa.
Como qualquer cidade romana, não podia faltar o “podium” de um Templo no Fórum, as termas públicas com tepidarium (tanque de água tépida) frigidarium (tanque de água fria) e estruturas domiciliares.
Depois do abandono é o que se vê. Tudo o que se encontrava à superfície e era para levar foi levado. No Castelo de Marvão, de Castelo de Vide (tinha um arco - Arco da Aramenha, que unia as duas torres de uma das entradas de Ammaia, em 1710 este arco foi destruido. Assim se trata o património cultural neste país) e até numa vivenda junto à estrada Marius viu pórticos, colunatos e afins retirados de Ammaia. Na vivenda, o pedestal estava colocado por cima da entrada do portão, pintado, imagina-se, de branco. Fica lindo ali uma recordação de um povo que aqui esteve pintadinho de branco. Só visto!... Valham-me os deuses romanos!
E, como não bastasse, a construção da E. N. n.º 359 dividiu a área em duas partes. Com as obras, uma natatium (piscina) que fazia parte do edifício termal foi danificada. Valeu-me a ajuda do João conhecedor destas andanças para continuar a visita para além da estrada.
Muito há ainda para pôr a descoberto. O Museu está bem documentado, só que falta colocar à entrada do portão exterior uma placa com as horas e dias de visita. É que este encontrava-se fechado sem nenhuma indicação e se não fosse o facto de termos visto alguns visitantes no interior, não sabíamos que podíamos visitar Ammaia naquele dia. É que no dia anterior já lá tínhamos estado e ido embora pois não se via vivalma nem qualquer indicação de que bastava empurrar o portão para ter acesso à entrada destas ruínas.
2 comentários:
Já estou meio doido de tanta volta dar por este reino do Super Mário.
Aqui, há de tudo para todos os gostos. Oh Mário, francamente estes blogues merecem os meus parabéns. Isto é um trabalho hercúleo.
Aqui nem tenho tempo para comentar já que a escolha é tanta, para ler.
E as músicas? Meu Deus, já só consigo trabalhar com a músicas de fundo do SOM DE ESTRELAS.
Parabéns Marius! Vou continuar por aqui saltitando de folha em folha.
Também o terremota de 1755 deixou mossas pelo país todo. Não só em Lisboa, como é hábito dizer-se.
Além de que ao longo dos séculos o português fez aberrações aos monumentos históricos, tanto da nossoa história como Portugal, como da Proto-História de Portugal a que muito bem te referes, neste caso, a época romana!
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