17.1.06

Arquitectura Romana III

 O domínio da arquitectura, revelou-se a partir do apogeu da era imperial, de Tibério, a Nero e a Domiciano. O estilo que floresceu, dentro do verdadeiro espírito romano, caracterizou-se pela criação de grandes espaços interiores, destinados não só para fins religiosos como para a pompa e o esplendor dos palácios, balneários e anfiteatros.

 Roma mostrava o poder do Império através da sua arquitectura, representada em pinturas e na decoração como os arqueólogos e historiadores puderam testemunhar nas escavações efectuadas em Pompeia, Herculano, Stabia e Oplontis, soterradas aquando a erupção do Vesúvio.

 O apogeu foi atingido no século II d.C., com as criações grandiosas de Trajano e Adriano. O fórum de Trajano construído por Apollodurus e as cidades portuárias como Óstia marcaram os feitos grandiosos da dinastia antonina. A Via de Trajano, de Alepo a Antioquia, Síria, foi tão bem construída que ainda hoje pouco se nota, a passagem do tempo.

 O Panteão de Roma e a villa de Adriano em Tivoli são testemunhos convincentes do potencial das soluções curvilíneas. Os balneários de Diocleciano, a Aula Palatina de Trier e a basílica de Maxêncio, em Roma, demonstram bem a visão da arquitectura romana em toda a sua plenitude, tendo influenciado as arquitecturas seguintes, como a do Renascimento (o Humanismo trouxe o interesse pela investigação da natureza e o culto à razão e à beleza característicos da cultura greco-romana, criando as bases do Renascimento artístico e científico dos séculos XV e XVI), do Barroco (o barroco nasceu e se desenvolveu em princípios do século XVII na Roma dos papas) e do Neoclassicismo (floresceu na França e na Inglaterra, por volta de 1750, sob a influência do arquitecto Palladio (palladianismo), e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830).

 Este legado arquitectónico atesta a grandiosidade e a influência do génio romano.

mundo agricola mundo agricola
                       Fórum de Trajano                                        Aula Palatina

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito giro, só hoje vi este blog, mas vou passar mais vezes por ele para ler os artigos, pois gosto muito do Império Romano. Antero Ferreira Enviado por Antero Ferreira em janeiro 17, 2006 05:15 PM

Caro Antero. Ainda bem que gosta do Império Romano. Aqui terá muito para ler, nos artigos já colocados e muito mais terá para ler nos artigos vindouros. Um abraço Enviado por marius70 em janeiro 17, 2006 05:34 PM

Quando se fala de arquitectura romana, fica mais lógico se falar em arquitectura greco-romana dao os romanos copiarem tudo dos países conquistados além da aruqitectura. Em marcas romanas além das leis e da língua se pode falar em termos arqutitectónicos das obras públicas e de arquitectura mais ou menos puramente romana é arquitectura etrusca dado Roma no início ter sido uma simples cidade no império Etrusco liderado por Traquínio Enviado por tron em janeiro 18, 2006 10:54 PM

Dou-te as maiores felicitações possiveis tenho indo aqui desde abril creio, adoro esta epoca e a sua grandiosidade, gostaria que me enviasse um contacto teu. Depois entrarei em mais detalhes(aqui não, claro) Enviado por Romanus em janeiro 20, 2006 06:32 PM

A arquitectura romana é esplendorosa, ainda hoje é de se ficar de boca aberta. alias, é uma civilização que teve excelência em quase tudo.... [] Enviado por Serpente Emplumada em janeiro 20, 2006 10:37 PM

Após a morte inesperada de Trajano nos primeiros dias de Agosto de 177, no momento em que, tendo entregue a Adriano o comando da Armada que mobilizara contra os Partas, estava já de regresso a Itália, as suas cinzas foram trazidas da Ázia para Roma, encerradas numa urna de ouro e depostas na câmara do pedestal da coluna. Mas se é certo que, ao atribuir esta sepultura a Trajano para cá da linha "pomerial" no interior da qual as leis proibiam que se enterrassem os simples mortais, o seu sucessor Adriano e o Senado declaravam em uníssono que o defunto escapava à condição comum, não é menos certo que tomavam uma iniciativa que Trajano não tinha, nem desejado, nem previsto. A coluna de Trajano não fora construída para túmulo do seu autor, que, ao decretá-la, tinha em vista dois fins comemorativos, pelas representações que a revestem, as vitórias que alcançara contra o inimigo estrangeiro; imortalizar, pelas suas dimensões insólitas, o esforço sobre-humano com que, vencendo a natureza, embelezara e fizera prosperar a cidade. Estou de volta a estas lides :)) Um abraço e tudo de bom! Enviado por dojaya em outubro 9, 2006 02:50 PM