(Marcvs Aelivs Avrelivs Vervs)
Imperador - 161 a 180 d.C.
Marco Aurélio
Chamado também Marco António, nasceu em Roma a 28 de Abril de 121. Filho de Annio Vero e Domicia Cavilla, cuja família remonta a Numa. À morte de seu pai, Adriano lhe dá o nome de Annio Veríssimo, e quando veste a toga viril aos quinze anos, Annio Vero. Este imperador, quando adopta Antonino pouco antes de morrer, faz com a condição de que Antonino adopte o nome de Marco Aurélio. Em consequência da adopção o jovem Annio Vero passa a formar parte da família Aurélia, a de Antonino e muda o nome para Aurélio. Antonino oferece a mão de sua filha Faustina quando ele era ainda muito jovem, casará com ela mais tarde, o designa cônsul em 139 e concede-lhe o titulo de César, mais tarde por proposta do Senado, ingressa no colégio de pontífices, o que é confirmado pelas moedas em que aparece com os atributos pontifícios e a legenda PIETAS AVG, com data do seu primeiro consulado. Tendo todas estas honras, Marco Aurélio seguiu levando a vida simples de sempre e prosseguiu com os estudos. Estudou literatura grega e latina, Retórica, Direito, Pintura e Filosofia. Filiado na escola dos filósofos «estóicos» retratou-se no seu livro «Pensamentos». No ano 146 é elevado ao título de Tribuno.
Quando desaparece Antonino, em 161, Marco Aurélio designa Ceonio Cómodo seu irmão adoptivo para compartilhar o poder, dando-lhe o nome de Lúcio Aurélio Vero Cómodo. É um acontecimento que serve para dar amplas retribuições a soldados e oficiais. A concórdia existente entre ambos imperadores fica patente em numerosas moedas.
Ao chegar Marco Aurélio ao poder, o rei dos Partos, Vologeses, declara guerra a Roma. Vero marcha para a Síria para combatê-lo e Marco Aurélio permanece na capital. Os romanos apoderam-se de várias cidades e penetram na Armenia e no país de Medea. Em 165, os Partos pedem a paz e cedem aos romanos a Adiabena e Mesopotâmia. Vero regressa a Roma no ano seguinte e os imperadores que já gozavam o título de "Arménio" por terem vencido Artejia, juntam os de "Médio", "Pártico" e "Muito Grande".Em 167, toda a classe de calamidades assola o império, fome, peste, guerra iminente com os Britanios, invasão dos Catios na Germania e Recia, mas com vigilância e constante firmeza Marco Aurélio resolve estes males e faz distribuições ao povo para o ajudar a suportar os rigores da fome.
Segundo historiadores chineses, nesse mesmo ano mandou o imperador da China dois mensageiros com o objectivo de comerciar a seda. No ano 169, estala a guerra com os Marcomanios, conflito que inspira um tal terror que o imperador mandou vir sacerdotes de toda a Itália para celebrar um "Lectisternium" de sete dias. Ambos os imperadores partiram a comandar os exércitos romanos, mas Lúcio Vero morreu de doença no carro em que ia sentado com seu irmão. Marco Aurélio terminou a guerra com uma estrondosa vitória, jamais acontecida com o exército romano. Segundo conta Capitolin, derrotou o inimigo junto ao rio Danúbio em 172, façanha que aparece nas moedas. A Germania foi submetida no ano seguinte.
Correu o rumor que Marco Aurélio tinha morrido na batalha, Avido Casio, governador da Síria toma o título de imperador do Oriente no ano 175. Perante tal situação, Marco Aurélio adiantou a entrega da toga viril a seu filho Cómodo e marchou contra o rebelde, que já tinha morrido. Percorreu o Egipto e Síria, perdoou aos habitantes de Antioquia terem-se unido ao partido de Casio, visitou Atenas e em 23 de Dezembro de 176, junto com Cómodo venceu os Sármatos. No ano seguinte contrai núpcias com Crispina e faz novas doações ao povo. No ano 179, vence pela segunda vez os Marcomanios, assim como a Hermundurios, Quades e Sármatas que se tinham coligado contra ele.
Marco Aurélio, chamado também o Filósofo, é considerado por numerosos historiadores como o melhor imperador romano. Foi considerado o mais «sábio dos imperadores e o mais virtuoso dos filósofos». Na verdade, é muito difícil escolher entre ele e Antonino. Três vezes cônsul e oito generais (imperator), teve os títulos de "Germánico" em 172, "Sarmático" em 175. De Faustina teve (sem contar vários filhos mortos de tenra idade) Lucilia, Cómodo e Antonino (o gémeo morto aos quatro anos), Sabina, Domicia, Faustina e Antonio Vero. A justiça e a caridade foram o lema da sua vida mas isso não evitou de mover a quarta perseguição contra os cristãos.
Faleceu em Vindobona (actual Viena). antiga região de Europa Central, sobre o Danúbio médio, conquistada pelos Romanos entre 35 a.C. e 9 d.C.
Sucedeu-lhe o filho, Lúcio Aélio Aurélio Cómodo.
Esta é a inscrição encontrada sobre uma sepultura em Viena (Vindobona).
T. CALIDIVS
PCAM SEVER
EQITVMOPEIO
DICVRCOLIALPINI
ITEM LEGXV APOLL
ANNORVUM XXXII
Q.CALIDIVS FRATRI
POSVIT
Quando desaparece Antonino, em 161, Marco Aurélio designa Ceonio Cómodo seu irmão adoptivo para compartilhar o poder, dando-lhe o nome de Lúcio Aurélio Vero Cómodo. É um acontecimento que serve para dar amplas retribuições a soldados e oficiais. A concórdia existente entre ambos imperadores fica patente em numerosas moedas.
Ao chegar Marco Aurélio ao poder, o rei dos Partos, Vologeses, declara guerra a Roma. Vero marcha para a Síria para combatê-lo e Marco Aurélio permanece na capital. Os romanos apoderam-se de várias cidades e penetram na Armenia e no país de Medea. Em 165, os Partos pedem a paz e cedem aos romanos a Adiabena e Mesopotâmia. Vero regressa a Roma no ano seguinte e os imperadores que já gozavam o título de "Arménio" por terem vencido Artejia, juntam os de "Médio", "Pártico" e "Muito Grande".Em 167, toda a classe de calamidades assola o império, fome, peste, guerra iminente com os Britanios, invasão dos Catios na Germania e Recia, mas com vigilância e constante firmeza Marco Aurélio resolve estes males e faz distribuições ao povo para o ajudar a suportar os rigores da fome.
Segundo historiadores chineses, nesse mesmo ano mandou o imperador da China dois mensageiros com o objectivo de comerciar a seda. No ano 169, estala a guerra com os Marcomanios, conflito que inspira um tal terror que o imperador mandou vir sacerdotes de toda a Itália para celebrar um "Lectisternium" de sete dias. Ambos os imperadores partiram a comandar os exércitos romanos, mas Lúcio Vero morreu de doença no carro em que ia sentado com seu irmão. Marco Aurélio terminou a guerra com uma estrondosa vitória, jamais acontecida com o exército romano. Segundo conta Capitolin, derrotou o inimigo junto ao rio Danúbio em 172, façanha que aparece nas moedas. A Germania foi submetida no ano seguinte.
Correu o rumor que Marco Aurélio tinha morrido na batalha, Avido Casio, governador da Síria toma o título de imperador do Oriente no ano 175. Perante tal situação, Marco Aurélio adiantou a entrega da toga viril a seu filho Cómodo e marchou contra o rebelde, que já tinha morrido. Percorreu o Egipto e Síria, perdoou aos habitantes de Antioquia terem-se unido ao partido de Casio, visitou Atenas e em 23 de Dezembro de 176, junto com Cómodo venceu os Sármatos. No ano seguinte contrai núpcias com Crispina e faz novas doações ao povo. No ano 179, vence pela segunda vez os Marcomanios, assim como a Hermundurios, Quades e Sármatas que se tinham coligado contra ele.
Marco Aurélio, chamado também o Filósofo, é considerado por numerosos historiadores como o melhor imperador romano. Foi considerado o mais «sábio dos imperadores e o mais virtuoso dos filósofos». Na verdade, é muito difícil escolher entre ele e Antonino. Três vezes cônsul e oito generais (imperator), teve os títulos de "Germánico" em 172, "Sarmático" em 175. De Faustina teve (sem contar vários filhos mortos de tenra idade) Lucilia, Cómodo e Antonino (o gémeo morto aos quatro anos), Sabina, Domicia, Faustina e Antonio Vero. A justiça e a caridade foram o lema da sua vida mas isso não evitou de mover a quarta perseguição contra os cristãos.
Faleceu em Vindobona (actual Viena). antiga região de Europa Central, sobre o Danúbio médio, conquistada pelos Romanos entre 35 a.C. e 9 d.C.
Sucedeu-lhe o filho, Lúcio Aélio Aurélio Cómodo.
Esta é a inscrição encontrada sobre uma sepultura em Viena (Vindobona).
T. CALIDIVS
PCAM SEVER
EQITVMOPEIO
DICVRCOLIALPINI
ITEM LEGXV APOLL
ANNORVUM XXXII
Q.CALIDIVS FRATRI
POSVIT
3 comentários:
Bom dia Mário. Já lá vai um tempo que não passava pelos teus blogs. Tenho andado com problemas no meu P C, (como sempre mexo onde não devia) Gostei de ler esta tua narrativa. Um abraço. Mário Lima Enviado por amil em janeiro 22, 2008 10:54 AM
Olá Mário, então houve outro Marco António na era antes de Cristo, aquele que foi amante de Cleópatra, por o Marco Aurélio ser também conhecido por Marco António fez-me um pouco de confusão. Abraços, João Enviado por 798133 em janeiro 25, 2008 04:27 PM
E as lições sobre Roma prosseguem! Ou não fosse Marius, o Romano, o maior embaixador de Roma neste Portugal ao qual cada vez mais tentam apagar a história. Um abraço. Enviado por Jorge G - O Sino da Aldeia em fevereiro 9, 2008 01:38 PM
Muito bom! Ainda ontem assisti a Cleópatra de Liz Taylor e Burton e fiquie um pouco confuso, mas encontrei aqui. Muito bom. Sou brasileiro, baiano e professor de literatura.
Abraços,
Carlos Vilarinho
Faça uma pesquisa sobre o periodo histórico do filme O Gladiado.
Alguem pode me ajidar
Enviar um comentário