25.7.05

Marius - O primeiro dos Romanos

A sinceridade exemplar dos Gracos na reforma agrária, originaram o aparecimento de dois novos corifeus que tomaram como base dos seus intentos o Povo e o Senado: Mário (Marius) e Sila (Sulla).

  MARIUS (Caio), general romano, nasceu perto de Arpino, morreu em Roma (157-86 a. C.). Era tio, por aliança, de Júlio César. Foi sete vezes cônsul.

Chefe do Partido Popular, tornou-se o rival de Sila por ocasião da guerra de Jugurta. Vencedor dos Teutões, povo originário da Ásia, nas Batalhas de Aquae Sextiae (102 A.C.) e Campi Raudii (101 A.C.) e dos Cimbros, em Verceil (101) teve, em Roma, uma entrada triunfal.



Em 88, Sila obteve o consulado e a direcção da guerra contra Mitridates. Marius conseguiu que o povo retirasse a Sila esse comando para lho dar. Sila, porém, marchou contra Roma e expulsou o seu rival, que, para escapar à morte, teve de ir esconder-se nos pauis de Minturnas. É aqui que começa a longa série de infortúnios que ficou célebre na história. Descoberto nesse refúgio, foi lançado num cárcere da cidade. Um escravo cimbro entrou nesse cárcere, com uma espada nua, para o matar. Ao vê-lo aproximar-se, o prisioneiro clamou com voz retumbante: Desgraçado, ousarás ferir Marius. Aterrado, o escravo deixou cair a espada e fugiu, Restituído à liberdade, Mário foi procurar asilo mais seguro em África, desembarcando nos lugares onda outrora se erguera Cartago, Apenas, porém, desembarcou, Sextílio, pretor da Líbia, mandou-lhe ordem imediata de abandonar a província.

  “Diz ao pretor — respondeu o proscrito ao mensageiro — que viste Marius fugitivo, sentado nas ruínas de Cartago”.



No ano seguinte, regressou a Roma, acompanhado por Cina, à testa de uma hoste numerosa e fez-se nomear cônsul pela sétima vez. Tirou cruel vingança dos partidários de Sila, mas cerca de quinze dias depois do seu regresso, morreu subitamente.




Sem comentários: