20.7.05

Na moral e na sociedade

 A evolução que sofreu a religião e toda a manifestação romana, alterou também os seus costumes, os seus hábitos, o seu vestuário, degradando a família pelo divórcio, autentica praga nacional. Duas grandes classes ocupavam o prestígio social: Os nobres (senadores e magistrados), buscando a sua riqueza na terra. Os grandes comerciantes e banqueiros romanos pertenciam em geral à classe dos cavaleiros (equites), intermediária entre as grandes famílias que dividiam as cadeiras do Senado e as classes baixas.

 A propriedade familiar é absorvida pela grande propriedade (Latifúndio) enquanto a miséria esmaga a população. Os prisioneiros de guerra constituíram um imenso exército de escravos, cujo trabalho barato nas grandes propriedades e nas manufacturas arruinou os camponeses e os artesãos livres da península itálica. O proletariado romano transformou-se numa classe ociosa que vivia miseravelmente das subvenções e distribuições de alimentos, frequentava as termas e era entretida com jogos públicos e circo.

 A própria Roma tornou-se uma grande cidade parasita, que importava grande quantidade de mercadorias de luxo e especiarias orientais, trigo da Sicília e do norte da África, azeite da Espanha e escravos de todo o imenso território colonial. O velho sistema político republicano, edificado por e para uma cidadania identificada com sua cidade, era cada vez menos capaz de funcionar numa sociedade enriquecida que perdera seus ideais. Teve início assim um longo período de instabilidade interna que só cessou quando a velha república romana se transformou em império. As últimas décadas do século II registaram lutas sociais que tiveram como protagonistas os irmãos Tiberius e Caius Gracus, eleitos tribunos da plebe.


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