11.11.05

Os Pretorianos

 Nos antigos acampamentos romanos, a tenda do general chamava-se praetorie a palavra acabou por designar os palácios dos governadores das províncias.

 Por extensão, durante a República chamaram-se pretorianas às coortes que os cônsules destinavam à sua própria segurança. Augusto destinou-as a escoltar a sua pessoa e o seu palácio, convertendo-as numa tropa de elite permanente, conhecida como guarda pretoriana. O seu chefe, o praefectus praetori, pertencia à ordem equestre e contava com nove coortes, uns 50 000 legionários, recrutados exclusivamente no centro de Itália.

 À margem da guarda pretoriana, outras unidades militares, geralmente formadas por legionários veteranos, eram as que tinham a seu cargo a segurança da capital. Deste modo, o praefectus urbi contava com diversas coortes urbanae (primeiro três e depois quatro) que exerciam as funções de polícia. Por sua vez, o praefectus vigilum dispunha de sete coortes vigilum que tinham a seu cargo a vigilância nocturna de Roma e a extinção dos incêndios.

 Enquanto os outros corpos armados da capital se centravam no desempenho das suas funções, os pretorianos dotaram-se de imediato de um grande espírito corporativo e adoptaram sinais que os distinguiam dos soldados normais, como usar a espada no lado contrário.

 Os pretorianos residiam num acampamento permanente, o castra pretoria, no Quirinal de Roma.

 Foi uma tropa privilegiada prestando serviço de guarnição e custódia do palácio e recebendo um soldo muito superior às legiões.

 Com o tempo, os pretorianos converteram-se num grupo de pressão e o seu prefeito numa personagem poderosa. No ano 41 d.C., o imperador Calígula foi assassinado pelo prefeito do pretório, Cássio Querea

 Sétimo Severo desarmou-a e expulsou-a, vindo mais tarde a reconstituir o corpo com cerca de 15 000 homens provenientes da sua tropa. No ano 312 d.C., Constantino dissolveu definitivamente os pretorianos, incumbindo das suas funções os protectores, outro dos corpos já existentes


Pretorianos romanos num baixo-relevo que data do século II.

 A guarda pretoriana, que constituía o corpo de honra dos generais durante a República e dos imperadores durante o império, teve uma influência cada vez maior nos assuntos de Roma. Os pretorianos influíram cada vez mais na eleição do imperador, chegando-se ao ponto de esta guarda prometer o império a quem a recompensasse devidamente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este blog continua o máximo.