10.8.05

Galba e os Lusitanos

  Em 151 a.C., os chefes Lusitanos, que se encontravam nos castros (povoações rodeadas por muralhas) nos montes Hermínios, após muitas lutas contra os romanos, decidiram propor a paz. Em troca de terras férteis na planície, abandonariam a luta. As conversações sobre a intenção dos lusitanos tiveram como interlocutor um chefe romano de seu nome Galba que fingiu aceitar a proposta oferecendo-lhes um local esplêndido. Em troca teriam que entregar as armas.

 Quando os lusitanos se encontravam espalhados por uma zona sem hipóteses de defesa, Galba cercou-os, matando milhares de lusitanos. Aprisionou e enviou para a Gália, como escravos, outros tantos. Porém, alguns conseguem escapar, entre os quais, Viriato.

 Galba, com esta traição, pensava que esta vitória seria bem recebida em Roma, e que com a violência do seu acto tivesse destruído para sempre a resistência dos lusitanos. Puro engano. Esta traição ia contra os conceitos estabelecidos pelas autoridades romanas, que davam muito valor às vitórias militares mas exigiam lealdade e respeito pelos inimigos. Quando souberam que Galba tinha mentido e assassinado homens desarmados que tinham confiado na palavra de um chefe romano, chamaram-no a Roma e julgaram-no em tribunal.

 Os Lusitanos, ao contrário do esperado por Galba, formaram um exército de milhares de homens vindos de vários castros e desencadearam ataques sucessivos contra os Romanos, alcançando muitas vitórias sobre o comando desse grande herói do povo Lusitano, que só à traição o eliminariam, Viriato.

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